17 outubro 2013

O Teorema Katherine


Colin é tão parecido comigo que chega a doer.
Por favor... Nerd nato, que tem um problema com nomes repetidos? Já ouvi essa história em algum lugar. Bem, o meu problema não é com Katherines, mas de qualquer jeito...
O Teorema Katherine conta a história de Colin Singleton, um prodígio que sempre sonhou em ter alguma importância, como ser um gênio. Além disso, Colin tem uma característica peculiar. Ele já se apaixonou e namorou não uma, não duas, mas dezenove Katherines. Todas com as mesmas nove letras. Catherines? Nem pensar! Katerines? Também não. Tem de ser K-a-t-h-e-r-i-n-e.
E depois de levar o fora da 19º, ele e seu amigo Hassan viajam de carro, e acabam no Tennessee, em Gutshot, para ser mais exata.
E, como a história se desenrola a partir daí, eu darei o aviso: Spoilers, queridinho(a)!
John Green sabe escrever um livro.
Mas disso vocês já sabem.
O Teorema Katherine pode ser amado por todos, na minha opinião (principalmente por professores de matemática. Inclusive, mostrei as fórmulas para a minha professora). Ele é o que eu classificaria de livro relaxante: aquele livro que você lê e não te dá nenhum nervoso. Com nervoso, quero dizer algo do tipo que acontece quando você lê as Peças Infernais ou A Seleção. Por favor, aqueles livros me deixaram de cabelo em pé.
Bem, como eu já havia dito, Colin é tão parecido comigo que dói. Dói profundamente, porque eu devo ter o mesmo nível de chatisse dele. Não estou dizendo que o personagem é chato, mas às vezes, Colin exagera um pouco, o que me fez ficar um pouquinho irritada. Mas passou.
Colin é um nerd nato, como eu, e nós também temos problemas com nomes repetidos. Aparentemente, John Green também. (Depois desse livro e de Will&Will outro Will, mds eu acabei percebendo isso).
Hassan é o personagem que me fez gargalhar na história. Pfvr, ele é o gordinho mais jnfwlmfkergn do mundo! Amei o Hassan. Ele dá aquela pitada de humor, mas também segura as rédeas do Colin, e ainda dá uma bronca no final - quando ele faz o Colin perceber que o Hassan também tem seus problemas, e que, afinal de contas, o mundo não gira em torno dele.
A Linds... LINDS! Quando eu vi que o nome dela era Lindsey, não pude fazer nada a não ser lembrar de Lindsey Lerman, a irmã do Logan Lerman LERMANIACS ALL THE WAY!!!. Por mais que fosse descrita com cabelos castanhos, eu já imaginava a Lindsey de cabelo loiro, ou seja, não teve jeito.
A única coisa que eu achei um tanto irritante é o jeito que o pessoal falava. Tudo bem, a história se passava no interior, mas não sei, os "cês" incomodaram-me um pouco.
Porém, o livro é extremamente bom. Às vezes, eu me pegava querendo terminar o que estava fazendo rapidamente, assim eu poderia voltar a ler o livro. Era o que me fazia relaxar depois de um longo dia de escola e provas. É o que aconteceu com A Culpa é das Estrelas, As Vantagens de Ser Invisível e até A Hospedeira. Eram aqueles livros que dá prazer de ler apenas porque você consegue esvaziar a cabeça, sabe? Quando você não precisa se lembrar de todos os detalhes, ou quebrar a cabeça para tentar entender. Era só ler e aproveitar.
Mas isso não quer dizer que o livro não tem moral. O que eu achei muito legal é que John usou a última cena (onde eles estão, os três, no carro), para dar uma lição ao Colin. No final do livro, Colin percebe que ele não pode prever o futuro, pode mudar quem ele é hoje para ter um futuro melhor, porém não se pode mudar o que ele já foi.. Ele não pode ser eterno, todos sempre serão esquecidos de algum modo - mesmo pessoas extremamente importantes - mas o que ficam são as histórias. E, quando Lindsey pergunta, referindo-se a estrada, se Podem seguir em Frente, John deixa a mensagem explicita que devemos superar todos os obstáculos, todas as Katherines, aprender com os erros e esperar pelo futuro.
John Green está de parabéns mais uma vez!

Ps: Adorei as notas de rodapé. Simplesmente.
Ps²: Para terminar com a minha fase "John Green", os próximos livros que eu lerei serão A Cidade de Papel e Will&Will
Ps³: Sério mesmo que o nome do livro tinha de ser Will&Will? Não podia ser Jake&Jake? Isso reforça a minha teoria de que: não pensou em um nome que te satisfez, coloque o nome de Will e pronto. LOL, brincadeirinha.

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