21 outubro 2013

Will&Will: Um Nome, Um Destino


E eu acabei o fabuloso Will&Will.
Por que fabuloso? Porque esse livro é ótimo, além de que essa é uma fala típica de Tiny Cooper.
Will&Will mostra com mais clareza a obsessão de John Green por nomes repetidos. Fala sério. 3 Will's (porque o mascote da escola é Willy/Willie, o Wildkit - porque um deles não conseguiu se decidir se escrevia Willie ou Willy - que eu acabei pesquisando por tentar entender o que seria um Wildkit, e aí percebi que segundo a internet, a Evanston existe mesmo), 2 Colin's e 19, REPITO, dezenove Katherine's. 
Bem, aparentemente, David Levithan também tem alguma coisa com nomes repetidos, mas enfim.
Voltando à história, o livro fala de Will Grayson, um garoto de Chicago que tem um melhor amigo gay (TIIIIIIIIIIIIIIIIIIINY) que bate com a cara  no muro toda vez que começa a gostar de alguém, o que reforça à ideia de Will que ele deve 1. Não se importar com nada; 2. Calar a Boca. E ele também fala de... Will Grayson. AHÁ! Um dos motivos pelo que o nome do livro não é apenas Will: Um nome, um destino. Afinal, ele é o outro x (ou seria w?) da equação dos livros. Bem, diferentemente do outro, esse Will (que, aliás, só escreve em minúsculas), é depressivo e se acha um lixo completo. E também tem o fato de que ele se apaixona. Por um garoto.
Vou parar de falar aqui, porque aí vem os spoilers.
Will¹: O primeiro Will, pelo o que eu vi, foi escrito por John Green - o que, claro, contribuiu para que eu o achasse maravilhosamente fofo logo da cara. Ele segue aquelas duas regrinhas que eu falei mais cedo, a de não se importar com nada e calar a boca, porém tem mais uma - nunca beije uma garota de quem você gosta.
O fato é que esse primeiro Will tem muito medo de arriscar e acabar se dando mal, como acontece com Tiny. Sim, de novo, ele é tão parecido comigo que dá vontade de chorar. É por isso que ele tenta calar a boca, assim ele não fala nada de mal e não se machuca. Ele acha que chorar é totalmente evitável se você não se importar com nada. Resumindo tudo: Ele sempre segue as regras, nunca se arrisca.
Mas aí vem a Jane.
A. JANE.
Eu comecei a shippar os dois tanto que surpreendi até a mim mesma.
Eles se conhecem, e Will fala que quando estavam tentando salvar Tiny de se afogar na própria meleca, ele pensou em beijá-la. Mas é claro que não fez isso. E o idiota, quando ela tentou beijá-lo, desviou.
DESVIOU.
QUE. SACO.
WILLIAM GRAYSON, PORQUE VOCÊ NÃO BEIJOU A JANE?
Mas aí seria muito fácil. E nada fácil acontece em livros do John Green.
Enfim, finalmente, eles se beijam. Aleluia! E aí ele é tipo, extremamente lindo, perfeito e maravilhoso, falando que queria a tocar, que queria sentir Jane.
Mas, como eu disse, nada em livros do John Green é fácil. Então, é claro, a Jane meio que volta com o ex dela. E o Tiny incentiva.
Por que? Porque o Will insistia que não estava interessado nela.
Oh, Deus.
Porém, o Will começa a chorar porque o Tiny foi um cara horrível ao falar mal dele pelas costas (ok, ele falou algumas verdades ali, mas fiquei chateada), e ele se... Esconde. Em um campo antigo, e, quando está voltando pra casa, liga pra ela e manda uma mensagem de voz, falando que ela é simplesmente mais. 
Aí, enquanto isso, o pai do Will diz que tem muito orgulho dele (meus feels) e tudo mais, e eu quase comecei a chorar.
E ela aparece na porta de casa dele.
E eles começam a falar da comparação da experiência do gato, de um físico de nome complicado.
Ah é: Deixa eu explicar o que é. "A experiência do gato", apelidada assim por mim, é a história de que um gato pode estar morto ou não em uma caixa. Veja bem: se uma caixa, com uma certa quantidade de elemento radioativo que pode ou não ativar um martelo que pode ou não matar o gato, então, o gato pode estar tanto vivo quanto morto.
Mas, para saber, você precisa arriscar abrir a caixa.
Aí, eles tem a seguinte conversa:

-Temos de abrir a caixa. - continua ela.
-Hã - digo. Dou um passo à frente para poder fechar a porta atrás de mim, mas ela não recua, então agora estamos quase nos encostando. - O gato tem namorado. - Ressalto.
-Na verdade, eu não sou o gato. O gato somos nós. Eu sou uma física. Você é um físico. O gato somos nós.
-Hã, ok. - retruco - A física tem namorado.
-A física não tem namorado. A física deu o fora no namorado no jardim botânico porque ele não parava de falar que ia pras Olimpiadas de 2016, e havia essa vozinha na cabeça da física chamada Will Grayson, dizendo: "E nas Olimpiadas você vai representar os Estados Unidos ou o Reino da Babacolândia?". Então a física rompeu com o namorado e insiste que a caixa seja aberta, porque ela, tipo, não consegue parar de pensar no gato. A física não se importa se o gato estiver morto; ela só precisa saber.
Nos beijamos. As mãos dela estão geladas no meu rosto, ela tem gosto de café, o cheiro da cebola ainda no meu nariz, e meus lábios estão ressecados por causa do interminável inverno. E é incrível.
-Sua opinião profissional como física? -Pergunto.
Ela sorri.
-Acredito que o gato esteja vivo. E o que diz meu estimado colega?
-Vivo - respondo. E está mesmo. 

Eles não são adoráveis?
E aí ela pergunta se ela é ou não a namorada dele (mais tarde na história), e ela ainda fala que algumas coisas, as mais sinceras, não são realidade até que sejam ditas, e ele diz que a ama por ter falado isso, e por usar aquela blusa, enfim, diz que quer ser o namorado dela. O que é adorável. Pfvr, Will é adorável.
E aí ele, depois da briga com o Tiny e tals, fala que o ama e eles tem um momento amizade-extremamente-linda. O que é um dos ensinamentos de John Green, dentre vários do livro.
E também acontecem algumas coisas bastante engraçadas com esse aqui, o que eu não posso deixar de mencionar. Tipo: ele fez uma identidade falsa, e aí, o cara colocou a data errada - ou seja, a identidade não serve pra nada. 
Ok. Já exagerei falando do Will¹, vamos falar do:
Will²: Vou ser sincera logo de uma vez, e falar que no começo, eu não gostei dele. Ele falava tanto palavrão que chegava a ser irritante, mas depois eu comecei a sentir certa compaixão por ele, além de começar a rir bastante em algumas partes.
Esse segundo Will é depressivo, algo relacionado ao fato de que o pai dele foi embora (além de outros fatores), mas ele tem um escape da realidade: Isaac, um garoto que ele conhece pela internet e por quem ele se apaixonou. Em teoria, os dois seriam gays. Em teoria porque Isaac é apenas a amiga dele, Maura, se passando pelo garoto.
Que saco, Maura.
VOCÊ ACABOU DE QUEBRAR O CORAÇÃO DO WILL², QUE SACANAGEM.
Fiquei brava com a Maura. Era o tipo de garota que só queria atenção, e ela conseguiu, mas conseguiu uma pitada de ódio junto, RÁ! Mas Will ainda se mostrou nobre ao perdoar a garota no final.
Mas até que o que aconteceu a ele, foi até que, de certa forma, bom. Ele conheceu o Tiny (TIIIIIIIIINY), o fabuloso Tiny, e eles começaram a namorar.
Mas aí o Will tecnicamente termina com ele.
O motivo? Sério, não entendi muito bem. Só entendi que Will achava que Tiny gostava da carência dele, e ele também estava se sentindo péssimo consigo mesmo, até porque ele não tinha visto muito bem os problemas do Tiny, e aí eles terminaram.
E não sabemos direito, no final, se eles ficam juntos de novo. 
Mas uma coisa que eu acho bonita que o Will fala, no final, é isso:
faço um sinal de cabeça pro outro will grayson, lá em cima no palco. ele devolve o gesto. há uma conexão entre nós, entre mim e ele. a verdade, porém? todo mundo tem uma. essa é nossa maldição e nossa bênção. essa é nossa tentativa e nosso erro e nossa coisa certa.
 Não preciso nem dizer. É totalmente lindo. É eu vendo novamente o que vi em Cidades de Papel: temos conexões entre nós. 
O que eu gostei bastante nele é que ele, no final, acabou melhorando, por causa de Tiny, e de Gideon, também. Isso foi o melhor de tudo.
Observação final sobre Will²: Achei engraçado os nomes de usuário que usam o primeiro nome dele. No começo, quando ele está bem depressivo (e algumas vezes pensa em morte e tudo), seu nome de usuário é finalwill. Explicação de inglês agora: Will, além de um nome, pode ser um verbo, e, em alguns casos, um substantivo. No caso, a tradução seria vontade ou desejo final. E aí, bem no final do livro, ele muda de novo de usuário e coloca willupleasebequiet, ou, Você pode ficar quieto?, usando um trocadilho com o próprio nome.
Enfim, vamos ao:
Tiny. Tiny é a coisa mais fabulosa do mundo. Só vou falar brevemente dele aqui, por isso, basicamente, achei o Tiny meio como uma pessoa ruim no começo. Ele parecia estar fazendo as outras pessoas de tapete, além de parecer que estava só querendo chamar a atenção. Mas depois comecei a gostar MUITO dele, porque ele é algo fabuloso. Aí ele fala aquelas coisas do Will¹ e fico magoada com ele, mas aí ele e o Will tem aquele momento supersupersuper cute e tá tudo bem de novo.
Sobre ele e o Will²: ele é um namorado tão fofo, rjnfwlenfkenrg. Indo visitar o Will na escola. E aí ele fala que não está sendo reconhecido. Socorro.
E ele dá uma bela lição no final, hein? Sério. Quase chorei. Quase que sinto as lágrimas rolando, mas segurei.

O livro é ótimo, e sinto que terei uma ressaca literária. A única coisa que eu achei que deveria ter visto no livro foram mais coisas acontecendo simultaneamente. Eu não sei, acho que é só impressão. Mas isso não tira a qualidade do livro.
É ótimo. Podem ler.

Ps: Novamente: tinha que ser Will&Will, né? A vida está brincando comigo u.u 
Ps²: Agora vou ver se consigo terminar a Maratona John Green com Quem é você, Alasca? e depois trazer quotes pra vocês.

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