A Culpa é das Estrelas...

Até mais ou menos o capitulo 19, eu achei que eu era insensível demais, por não ter chorado.

Muitas pessoas dizem que choraram rios quando leram o sucesso de John Green, A Culpa é das Estrelas. Eu vou ser sincera de uma vez e falar que eu, pessoalmente, não chorei - mas é porque eu não costumo chorar por livros. Eu senti um aperto no peito depois que a Hazel descobre uma coisa sobre o Gus. Essa coisa totalmente me quebrou ao meio.

Bem, a história do livro é sobre Hazel Grace Lancaster e Augustus Waters. Hazel é vítima de um câncer da tireoide e de um tumor no pulmão, o que fez com que ela precisasse andar com um respirador. Augustus já foi vitima de uma osteossarcoma, que custou-lhe sua perna. 

O livro começa com a Hazel contando um pouco sobre o Grupo de Apoio para crianças com Câncer que ela frequenta, onde ela conhece Augustus. Com o crescimento da amizade - e de outras coisinhas - o livro se desenrola por uma história que emocionou muita gente.

(A partir daqui, podem conter spoilers)

Como eu disse, até o capitulo 19, mais ou menos, eu não havia chorado nem sentido um aperto no peito. Estava lendo o livro normalmente, e apesar de não ter sentido nenhuma das emoções acima, ele me prendeu totalmente. O romance dos dois é muito envolvente, de verdade.

Enquanto isso, Augustus e Hazel vão se conhecendo, e ele se apaixona por ela, e vice-versa. No começo, ela é um pouco resistente, porque não quer que ele fique triste caso ela morra.
A Hazel também é uma personagem super bem humorada, super fofa e tals. Eu gostei bastante dela.
O Augustus, então... Meus deuses! Ele é super Fofo, com F maiúsculo. Acho que é meu personagem favorito.

O Gus faz coisas realmente maravilhosas para a Hazel, como levá-la para Amsterdã, na Holanda, para conhecer o autor de Uma Aflição Imperial, o Peter Van Houten. Quando ele se revela um canalha, Augustus promete a Hazel que fará uma continuação do livro apenas para ela, e que vai ser melhor do que tudo o que Peter tenha escrito. 

E isso é só uma parte de tudo.

Porém, o livro começou a me "incomodar" (no bom sentido da coisa) a partir da parte em que o Augustus conta pra Hazel que ele "Acendeu como uma árvore de Natal". Isso quer dizer que o câncer havia voltado, e estava agora presente no lado esquerdo do quadril, e boa parte do tórax. 

E então, de repente, o Gus está morrendo na frente de nossos olhos.

A morte dele foi algo que machucou. Só de pensar no que a Hazel sofreu, no que a familia sofreu, no que o próprio Gus sofreu. Em uma das cenas, ele pergunta pra Hazel porque ele apenas não morre logo, porque ele está odiando tudo aquilo. Ele sente muita dor, o que faz com que a Hazel sinta dor, que nós sintamos a dor. 

Esse livro conseguiu fazer isso conosco.

Enfim, o livro é muito bom, é relaxante - ao contrário de alguns que só trazem mais estresse, que te faz arrancar os cabelos de nervosismo, haha. O ritmo é bastante bom, e o jeito em que foi escrito me lembrou bastante As Vantagens de Ser Invisível, por estar em forma de "relato". 

Para acabar, minhas amigas, Julia e Andressa, me mandaram um video da cena que mais me incomodou no livro inteiro: 

O Gus tentou sair de casa para comprar cigarros (que ele não fuma, uma longa história), porém, algo deu errado com o tubo de alimentação na barriga dele. Imediatamente, ele ligou pra Hazel, chorando, falando que ela tinha que ajudá-lo, mas que não podia ligar pra emergência ou pros pais dele. Quando ela chega, ele parece estar com uma infecção, o que faz com que a Hazel finalmente ligue para a emergência. Gus conta que ele tinha perdido o maço dele, e queria comprar outro. Os pais disseram que iam comprar para ele, mas Gus queria se sentir útil para algo.